Texto de: Pedro Gaião

O Protestantismo, na sua gênese católica e ocidental, era tão teologicamente averso ao Islamismo como qualquer forma de cristianismo poderia ser em sua época.

Por vezes, os próprios monarcas protestantes emularam uma mentalidade tão cruzadista quanto a de um príncipe papista. Um dos mais famosos hinos compostos por Lutero, “uma música infantil contra os dois arqui-inimigos de Cristo e sua Santa Igreja”, lê-se: 

Senhor, mantenha-nos em tua Palavra e Obra,
Detenha o Papa homicida e o Turco

No entanto, o contexto político e militar enfrentado pelas recentes nações protestantes trouxe novas abordagens políticas e diplomáticas. Similar à condição francesa católica, o antagonismo contra nações católicas em comum colocou turcos e protestantes em diálogo.

A Questão Inglesa

Poucas semanas após a morte do rei Edward VI (d. 1553), o único filho varão de Henrique VIII, um golpe de Estado restituiu o Catolicismo Romano como a única religião da Inglaterra, no curto, agitado e sangrento reinado da rainha Mary I (r. 1553-1558).

A vida de cárcere e confinamento de Elizabeth Tudor, irmã e nº1 da lista de sucessão ao trono, nos é descrita por A. N. Wilson

Ela esteve na Torre de Londres como adolescente, sabia que metade da Inglaterra queria matá-la e que o Papa colocou um preço na sua cabeça: dois milhões de ducados.

Contudo, a ausência de ações conclusivas de assassinato, assim como a infertilidade e morte precoce de Mary, culminou na sua ascensão como rainha Elizabeth I (r. 1558-1603). Defensora ativa do Protestantismo, o novo governo foi rapidamente desprezado por setores cripto-católicos da nobreza e, é claro, do Papa.

Seu apoio à insurgência católica foi manifestado na bula papal Regnans in Excelsis (1570). O documento ressoava a antiga doutrina da Plenitudo Potestadis, que afirmava o poder secular do Papa acima de todos os poderes seculares da terra, atuando como:

[…] governador sobre todas as pessoas e reinos, para reunir, destruir, dispersar, espalhar, plantar e construir para que ele [n.t. o Papa] possa preservar Seu povo fiel.

Com esta autoridade divina, o Papa depunha a rainha de sua Coroa, excomungava-a e considerava falso seu título de rainha. Sob pena de excomunhão, todos os católicos da Inglaterra eram terminantemente proibidos de obedecê-la ou reconhecer sua autoridade.

Os católicos ingleses agora se viam diante de uma encruzilhada: morrer excomungado significava a perda da salvação eterna e a condenação certa ao fogo do Inferno. A única opção católica, do ponto de vista religioso, era a sua rebelião. Como Daniele Frison nos explica:

A bula foi intencionada para a obtenção de um resultado duplo. Em primeiro lugar, declarando a rainha excomungada e deposta, visava destruir a lealdade de seus súditos. Em segundo lugar, não apenas legalizou a rebelião, mas, por implicação, ordenou positivamente.

Um pesquisador ateu comenta que a bula do Papa:

[…] foi pregada na porta do palácio do Bispo de Londres em 15 de maio de 1570, onde descrevia Elizabeth como ‘uma bastarda e usurpadora’ e ‘perseguidora dos santos de Deus’.

Ele declarava que seria ‘um ato de virtude a ser recompensado com indulgência plenária e perdão de todos os pecados, impor mãos violentas sobre Elizabeth e entregá-la nas mãos de seus inimigos.

Mark Frederick Wilson confirma que a bula não declarava apenas a deposição da rainha, mas também “o potencial de seu assassinato”. Talvez até mais surpreendente seja o fato da maioria dos regicidas serem ligados diretamente ao Papado.

Roberto Ridolfi foi agente papal desde 1567 para serviços de subversão, espionagem, diplomacia antiprotestante e assassinato. Mesmo com o fracasso da Conspiração de Ridolfi (1571), ele permaneceu nas graças do Papado, atuando como embaixador papal e sendo elevado a condição de senador em Roma.

Willian Parry, um assassino vacilante, recebera uma carta do próprio Secretário de Estado Papal, o Cardeal de Como, afirmando que:

Sua Santidade te exorta a perseverar e efetuar aquilo que você prometeu. E para este fim você será tão ajudado por aquele bom Espírito que lhe moveu nisto, que ele lhe garantirá sua benção, indulgência plenária, assim como a remissão de todos os seus pecados, conforme seu pedido.

Lhe assegurando, que além do mérito que você receberá no Céu, Sua Santidade também se tornará seu devedor, afirmando sua recompensa na melhor maneira que ele puder. Coloque então seu santíssimo e honráveis propósitos em execução, e vigie sua segurança.

Uma cópia desta carta enviada a Parry foi depositada nos Arquivos do Vaticano, que lá permanece até o presente dia. Ao todo, pelo menos quatro tentativas conhecidas de assassinato contra a vida da rainha receberam benção papal.

Como uma fonte católica afirma:

[a bula] declarava Elizabeth I como tirana bastarda e herética e liberava todos os seus súditos de obedecê-la. De fato, ela colocava a obrigação neles [n.t. os católicos] de buscar a sua queda. […] A bula estabeleceu o tom de trinta anos de confronto, terrorismo e contraterrorismo.

Por meio de patronato papal, tanto espiritual quanto financeiro, tentativas de regicídio, revoltas na Irlanda e invasões espanholas de todo o gênero eram maquinados a todo vapor e em grande número.

A Enciclopédia Católica nos confirma que o Papa:

Já em 1578, ele enviou Thomas Stukeley com um navio e um exército de 800 homens para a Irlanda, mas o traiçoeiro Stukeley juntou suas forças às do rei Sebastião de Portugal contra o imperador Abdulmelek do Marrocos.

Outra expedição papal que navegou para a Irlanda em 1579 sob o comando de James Fitzmaurice, acompanhada por Nicholas Sanders como núncio papal, também não teve êxito.

Os projetos mais perigosos, porém, ocorreram após a rainha prestar socorro aos insurgentes calvinistas dos Países Baixos, na época possessão Habsburgo. Para estimular o Rei na custosa empreitada de invadir a Inglaterra, o Papa prometeu dos millones de oro, ou dois milhões de ducados, quando o Rei da Espanha atracasse seus navios vitoriosos em portos ingleses .

Para termos ideia da dimensão destes números, a venda de Indulgência de 1515-17, a força motriz por trás da revolta de Lutero, tinha projeções de lucro estimadas em 52.286 ducados, cerca de 38 vezes o valor que causou pelo maior cisma da Cristandade Ocidental, utilizada para a construção faraônica da Basílica que, na época, o Papa preferiu por onerar seus fiéis para sua construção, poupando os próprios tesouros.

Se Schoffield estima, em moeda moderna, o valor do lucro das indulgências em cerca de 40 milhões de libras esterlinas (cotação de 2017), ou 152 milhões de reais, o valor investido pelo cofre papal na invasão da Inglaterra constituiria mais de um bilhão e meio de libras esterlinas (cotação de 2017), ou 5,8 bilhões de reais. A destruição do Protestantismo na Inglaterra era um empreendimento bilionário, mas valia o investimento.

Naquela época, a marinha inglesa ainda era medíocre se comparada à Invencível Armada Espanhola. Seu exército, ainda essencialmente medieval, só sofreria reformas em 1590, às vésperas da invasão, onde o papel do arco longo, das bills e das alabardas finalmente era preterido por armas de fogo e piques; ainda assim, arcos longos continuaram sob emprego militar inglês ainda no século XVII.

Não havia aliados protestantes a se recorrer: eles mesmos, em sua maioria, eram dependentes da ajuda militar da própria Inglaterra. Se um desastre natural e as táticas de navios incendiários do pirata Francis Drake não tivessem dado cabo da Invencível Armada ainda no mar, seria difícil prever resultados favoráveis aos ingleses em terra.

Neste contexto, a solução mais prática era negociar com aliados muçulmanos. Jerry Brotton, autor do livro “The Sultan and the Queen”, nos explica que:

A aliança de Elizabeth com Murad III foi essencial para sua autopreservação, ainda assim, esta história foi praticamente esquecida na Inglaterra Tudor.

O que ela faz com muita astúcia, quando começa a escrever para o sultão em 1579, como se dissesse: Veja, você e eu temos muitas semelhanças em termos de nossa teologia. Nós não acreditamos em idolatria ou que você deve buscar intercessão, isto é, de um santo ou de um padre que o aproximará de Deus.

O protestantismo diz que você deve ler a Bíblia e, em seguida, estará em contato direto com Deus. O Islã sunita diz o mesmo: você tem o Alcorão, a palavra do Profeta, não precisa de santos ou ícones.

Elizabeth está fazendo isso politicamente. O que ela está dizendo é: ‘você está lutando contra o catolicismo espanhol; eu estou lutando contra o catolicismo espanhol’.

Com efeito:

Embora o papa tenha tentado isolar Elizabeth, ela se aliou economicamente com o Império Otomano. Elizabeth enviou comerciantes como seus representantes para inflamar o comércio entre os otomanos e a Inglaterra. Ela esperava aumentar a riqueza da Inglaterra, fornecendo aos turcos o acesso a bens europeus.

Assim, através de troca de presentes e correspondências apontando similaridades entre o Islamismo Sunita e o Protestantismo, acordos comerciais inovadores e tentativas de se combater a Espanha Católica foram organizados.

O intercâmbio cultural e o dialogo resultante disto, porém, foi enorme. Brutton comenta que:

Haviam ingleses elizabetanos falando da distinção entre Sunita e Xiita na década de 1560, quando muitas pessoas hoje não entendem esta distinção.

A Inglaterra também estabeleceu relações com os Estados Berberes do Norte da África, vendendo armaduras, munição, madeira e metal, em troca de açúcar marroquino. Em resposta, os berberes organizariam ações militares contra a Espanha.

A Questão Neerlandesa

O destino das cidades ocupadas pelos espanhóis era pessimista. Na cidade da Antuérpia, antigo centro calvinista antes de sua completa obliteração, a Inquisição dos Países Baixos executou, entre 1557 e 1562, mais de 100 protestantes por heresia, o dobro do que a Inquisição Espanhola praticava naquela mesma época.

Filipe II [da Espanha] buscou acabar com a liberdade de consciência e muitos outros direitos antigos e chancelados, e forçou sobre eles a detestável Inquisição Espanhola […] expropriou nobres patriotas, entregando-os a morte como traidores, e colocou fardos encarregáveis sobre o povo, que tinha sua prosperidade ameaçada pela aniquilação completa.

A ameaçada resistência neerlandesa também sofreu outro golpe forte, na ocasião do assassinato do seu carismático Stadholder, Guilherme o Taciturno, por um fanático católico. Embora Guilherme de Orange fosse tolerante e repudiasse a perseguição religiosa, Balthasar Gerárd, seu assassino, o descrevia como uma:

[…] peste sobre toda a Cristandade e inimigo da raça humana.

E embora o próprio Orange tenha se afeiçoado pelo o que era, até então, um completo desconhecido, Gerard não hesitou em usar a doação generosa de ouro do Stadholder para comprar as duas pistolas que tirariam sua vida. Válido notar, este não era o primeiro assassino enviado por autoridades católicas para mata-lo.

Gerárd foi capturado e executado pelo crime de regicídio. Mesmo com proibições das autoridade espanholas, o assassinato foi comemorado pela comunidade católica dos Países Baixos com ações de graça e um Te Deum.

O cabeça da comunidade católica na Holanda, ironicamente, recuperou a cabeça de Gerárd para sua veneração como uma relíquia sagrada. Jesuítas, padres holandeses e alguns católicos simpatizantes veneravam o assassino como mártir e santo, e por cinquenta anos se defendeu seu processo de canonização em Roma.

O assassinato de seu filho, Príncipe Maurício, foi chamado de “uma obra bastante agradável a Deus”. Os holandeses já estavam desesperados por aliados ainda durante o governo de Guilherme de Orange, mesmo “que fosse um turco”, como escreveu o secretário de Jan van Nassau. 

Como notado pelo próprio Stadholder, os conflitos entre turcos e espanhóis no Mediterrâneo aliviava a pressão exercida na Holanda, motivando relações diplomáticas ainda em 1566 por ação militar contra os espanhóis em várias frentes.

Deste contato também nasceu o slogan “Antes o Turco que o Papista”, bradado por corsários holandeses, fazendo referência ao fato de que, ao menos, a fé protestante era tolerada em domínios otomanos, embora o mesmo não pudesse ser dito sobre os príncipes católicos.

A visão dos diplomatas muçulmanos sobre os protestantes, especialmente os holandeses, é descrita por Al-Hajali, embaixador do Marrocos:

Seus mestres [Lutero e Calvino] lhes alertaram contra o Papa e os adoradores de ídolos. Eles também não odeiam os muçulmanos porque eles são a espada de Deus no mundo contra idólatras. É por isto que eles se alinham com os muçulmanos.

A Questão Húngara

O colapso da Coroa da Hungria após a Batalha de Mohács (1526) resultou na divisão do seu território entre os otomanos e as autoridades cristãs que lhe faziam oposição. O que antes unia Hungria, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Transilvânia e partes da Sérvia em uma união de reinos agora era arranjado em três Estados.

Ao Noroeste, as partes tomadas pelos Habsburgos alemães receberam o nome de “Hungria Real”, sendo controladas pela capital da Dinastia Habsburgo em Viena, na Áustria. Ao nordeste, o Principado da Transilvânia se formou pelo governo de húngaros étnicos que não se submeteram a anexação habsburga. Ao sul, a Hungria Otomana constituía a maior porção do antigo reino.

A fragmentação da Coroa e a pressão aterradora que o Império Otomano manifestava na nova fronteira significava muito mais do que um novo arranjo político, ela permitiu, também, um novo arranjo religioso.

O protestantismo, que já tinha presença na corte e na sociedade húngara ainda em 1518, passou a ser punido por lei entre 1523 e 1525, chegando a ser punido com a fogueira, apesar da ameaça de invasão turca impedir a execução de uma perseguição sistemática.

Agora, na ausência de uma autoridade central católica que restringisse ou perseguisse, o protestantismo se tornou rapidamente predominante pelo antigo território, de forma que pela segunda metade do século XVI, os protestantes compunham cerca de 85% a 90% de toda a população [39], com a prevalência do calvinismo entre húngaros e o luteranismo entre eslavos, germânicos e saxões.

Mais da metade da população seria calvinista e cerca de um quarto seria luterana, com os demais aderindo ao unitarismo, catolicismo e a ortodoxia. Esta mudança religiosa foi largamente facilitada pelo fato de que:

[…] uma grande parte da atual Hungria era ocupada pelos turcos, que não tinham qualquer interesse em converter a população para o Islã. Não importava para eles se o infiel era católico ou protestante.

Nos territórios otomanos, missionários protestantes recebiam a proteção imperial:

Em 1548, o representante do sultão em Buda (hoje Budapeste) foi solicitado pelas autoridades locais em Tolna para tomar medidas contra o pastor protestante húngaro, Imre Szigeti.

Especificamente, as autoridades católicas em Tolna, ofendidas pela defesa pública e apaixonada de idéias reformadas, pediram que ele fosse morto ou expulso da cidade por heresia.

O principal intendente do Paxá de Buda comunicou às autoridades de Tolna que não apenas o Paxá negou seu pedido, mas também que emitira um edital de tolerância, que declara em parte que pregadores da fé inventada por Lutero estão permitidos de pregar o Evangelho em todos os lugares e para todos os que quiserem ouvir, livremente e sem qualquer medo, e que todos os húngaros e eslavos, que assim quiserem, devem ser capazes de ouvir e receber a Palavra de Deus sem qualquer perigo. Porque – ele disse- esta é a verdadeira Fé Cristã e religião.

Na verdade, pode se dizer que os otomanos apoiavam esta conversão, uma vez que elas ajudavam a enfraquecer a influência Habsburga Católica na região .

Por conta disto, até mesmo debates teológicos entre protestantes e católicos mediados por funcionários otomanos eram ponderados de forma a assegurar o triunfo do Protestantismo por meio de várias formas de interferência. A propaganda anti-islâmica das atrocidades maometanas, porém, nunca deixou de ser bastante popular na Hungria Real:

A maioria destes relatos era especificamente intencionado para inflamar o ódio étnico contra os turcos, muitas delas sendo escritas por protestantes liberais que viviam em condições de opressão severa  em Terras Habsburgas na fronteira húngara que, de outra forma, por conta da sua opressão, poderiam ser tentados a ver os otomanos como amigos mais tolerantes.

De fato, nas regiões dominadas pelos Habsburgos, seja na Áustria (onde mais da metade da população costumava ser protestante) ou na Hungria, a Contrarreforma dispôs de meios tanto políticos quanto violentos para assegurar a predominância do catolicismo.

Se em 1600 Istávan Bocskai pegou em armas pela garantia das liberdades religiosas e políticas do povo húngaro com algum apoio otomano, seu legado foi ameaçado nas décadas posteriores.

De 1671 a 1681, o movimento da Contra-Reforma estava no auge. Pastores e professores foram exilados, condenados a ir para campos de trabalho ou remar em navios negreiros. As igrejas protestantes foram dadas aos católicos e a Igreja reformada, embora anteriormente fosse a principal denominação no século XVII, perdeu repentinamente muitos de seus membros.

No entanto, as tropas imperiais ficaram tão conhecidas por sua brutalidade que a Transilvânia, os franceses e até os turcos apoiaram uma rebelião contra eles. Em 1681, na Dieta de Sopron, o imperador Leopoldo I teve que aceitar um compromisso e conceder uma certa quantidade de liberdade religiosa aos protestantes.

Em 1699, os turcos foram finalmente expulsos da Hungria, deixando o país sob o controle dos Habsburgos. Eles deixaram de aplicar uma política de centralização e imposição do catolicismo como a única religião no país após a rebelião de Ferenc II Rakocz e o tratado de Szatmar em 1711. No entanto, a vida permaneceu difícil para os protestantes.”

O último grande levante protestante na Hungria foi liderado pelo luterano Emeric Thököly (1657-1705), a poucos anos do Segundo Cerco de Viena (1683). Na sua luta contra a supressão do protestantismo, Thököly e os camponeses protestantes receberam apoio da França de Luis XIV e dos otomanos.

Embora a rebelião tenha fracassado, assim como o cerco de Viena, Emeric passou seus últimos dias exilado, em propriedades dadas pelo sultão otomano em Gálata. No fim:

[…] após a expulsão dos turcos, Viena tentou reconverter os protestantes, e eles frequentemente usavam métodos brutais para tornar o culto protestante impossível.

Assim, de 90% da população, o protestantismo foi legado a condição de uma minoria, de 20% da população, no período contemporâneo.

Conclusão

Embora Islamismo e Protestantismo estejam longe de serem religiões idênticas, o senso de ensinos em comum, combinado as necessidades de ambos em lidar com os mesmos inimigos, fez florescer o comércio e diversos intercâmbios culturais, migratórios, políticos e até religiosos.

Desde a tolerância e apoio às atividades missionárias na Hungria Otomana até a ação de embaixadores da Holanda e da Inglaterra pela permanência de um patriarca calvinista na sede em Constantinopla e na introdução do Calvinismo na Igreja Ortodoxa Grega, com o controle cesaropapista do sultão otomano.

Literatura recomendada