O Saque de Constantinopla (1204), ao contrário do que a visão mais leiga pode vir a pensar, não se limitou a simplesmente saquear a capital do império e ir embora em navios pesados de espólios. Uma vez saqueada e com as forças imperiais derrotadas, os altos barões da Quarta Cruzada decidiram tomá-la para si; e não somente Constantinopla, mas todo o Império Bizantino seria espoliado pelos principais participantes da expedição; incluindo, é claro, a República de Veneza, que intermediou e possibilitou a repartição do Império graças ao conhecimento privilegiado de sua geografia. Em tese, todo o Império seria repartido entre os altos barões; todavia, submeter todas as províncias bizantinas era mais simples na teoria do que na prática, especialmente quando consideramos o comportamento subversivo, intriguista e anti-estrangeiro dos generais e aristocratas gregos (que viam as culturas ocidentais como dotadas de muitos graus de barbarismo).

Enquanto as possessões asiáticas do Império Bizantino se provaram inalcançáveis aos cruzados, as possessões insulares e a própria Grécia se provaram bem viáveis. Assim, esses generais e aristocratas do antigo império se organizaram em três diferentes Estados: o Despotado de Épiro, na Grécia Ocidental; o Império de Niceia, na Anatólia Ocidental; e o Império de Trebizonda, ao norte da Anatólia. Neste novo cenário, guerras entre os Estados bizantinos, os Estados Cruzados Gregos e as atentas potências do Norte, como a Sérvia e a Bulgária, eventualmente terminaram com a retomada de Constantinopla (1261) pelo Império de Niceia, que passou a ser visto como o sucessor legítimo do Império Romano Oriental.

Ainda assim, o estrago feito pelos católicos era irreparável: Constantinopla nunca se recuperaria do Saque e a máquina militar bizantina era apenas uma sombra de seu passado, seja em números, equipamento ou em qualidade do próprio elemento nativo. Povos-guerreiros anteriormente leais ao Império, como os albaneses, se aproveitariam do caos e do desgoverno para lançarem seus próprios principados na Grécia, onde encontrariam grande sucesso pelo resto da Idade Média. Agora, a fronteira europeia do Império mostrou-se repleta de facções inimigas, todas prontas para abocanhar território imperial às custas de novos vacilos na sua política militar ou diplomática.

E embora isto fosse compreensivelmente difícil de lidar, a situação estaria prestes a ficar pior: a expansão mongol do século XIII empurrou um mar de turcos para o poente. Expulsos, exilados ou simplesmente em busca de novos lares, estes povos foram encontrar refúgio no antigo Sultanato Turco Seljuque da Ásia Menor, irreparavelmente fragmentado pela conquista mongol naquela época. Os diversos principados estabelecidos no antigo sultanato, os beyliks, passaram este período lutando entre si e, no geral, não ofereciam grande problema aos bizantinos, que costumavam tê-los como aliados, assegurando sua fronteira.

Apesar de ser um apologista católico, o historiador Thomas Madden admite o prejuízo causado pelas Cruzadas:

“É irônico que, enquanto as Cruzadas foram feitas para combater a expansão do Islã, elas finalmente tiveram o efeito oposto, permitindo um poder muçulmano ganhar espaço na Europa e estender seu domínio quase que até os portões de Viena. O processo já havia começado com a captura e saque de Constantinopla na Quarta Cruzada, em 1204. Embora Constantinopla estivesse recapturada por Miguel VIII Paleólogo em 1261, o Império Bizantino reconstituído teve uma existência precária. Quando notícias da recaptura chegaram a Roma, o Papa pregou uma cruzada contra Bizâncio, prometendo àqueles que se juntassem a expedição para recuperar Constantinopla a mesma remissão de pecado desfrutada por aqueles que foram para a Terra Santa [...] após 1282, e como uma precaução contra a ameaça contínua da cruzada do Ocidente, tanto Miguel VIII quanto seu sucessor, Andronicus II (1282-1328), tiveram de mover tropas da fronteira imperial na Ásia Menor” (HARRIS, Jonathan. Crusades: the Ilustrated History, ed. MADDEN, Thomas, p. 178).

Enquanto os bizantinos mantinham seus esforços dedicados ao fronte ocidental, buscando estabilizar e expandir seu domínio na Grécia, o beylik fronteiriço de Osman iria mudar a história mundial ao lançar diversas campanhas extremamente eficientes contra as possessões asiáticas do Império Bizantino, lançando as bases para o poderoso Império Otomano, que reuniria todas estas tribos turcas, anteriormente fragmentadas pela Anatólia, em um Estado unificado.

Se o Império Bizantino já demonstrava anteriormente uma tendência progressiva – e preocupante – de depender militarmente de mercenários estrangeiros, a situação se degeneraria numa demanda desesperada e imediata por eles. Isto, somado à progressiva política latinizante da corte bizantina, uniria os dois extremos do Mediterrâneo em uma situação um tanto quanto inusitada.

As Guerras de Reconquista promovidas pelos Estados Católicos do Norte da Península Ibérica deram origem ao conceito de almogavar: um soldado de infantaria leve de elite, especializado em emboscadas, assaltos e táticas de guerrilha, similares ao estilo de combate empregado pelos mouros de Al-Andaluz; paradoxalmente, tropas de choque de infantaria leve em uma era de cavaleiros revestidos de armaduras progressivamente pesadas

Inicialmente empregados em conflitos de fronteira contra os muçulmanos da Espanha, a versatilidade dos almogavares acabou permitindo que este tipo de guerreiro pudesse ser “exportado” para guerras fora da península. É neste contexto que surge a famigerada Magna Societas Catalorum, mais popularmente conhecida como Companhia Catalã; um completo e autônomo exército mercenário, composto majoritariamente de voluntários das montanhas da Catalunha (província constituinte da Coroa de Aragão), que participou da Guerra das Vésperas Sicilianas (1282-1302), um conflito de interesses franceses e aragoneses pelo controle do Reino da Sicília.

Embora a Paz de Caltabellota (1302) tivesse encerrado as hostilidades dessa guerra, ela causava diretamente um outro tipo de problema: deixava exércitos mercenários desempregados. Numa época em que companhias mercenárias mantinham-se unidas mesmo após o encerramento de conflitos, a paz também se mostrava problemática. Companhias mercenárias eram verdadeiros exércitos livres e migratórios, representando seus próprios interesses, sem nenhuma filiação efetiva com algum Estado. Caso não encontrassem uma ocupação, o salto necessário para uma companhia mercenária se tornar um grupo criminoso não era muito longo. De fato, nomes como brigands e routiers, que hoje são mais popularmente associados a bandidos e assaltantes de estrada e bosques da era medieval, na verdade eram termos que, originalmente, eram usados na nomenclatura militar para se referir a hostes mercenárias. Isso porque, ao invés do que os filmes e livros costumam representar, a grande maioria dos bandidos e assaltantes da Idade Média não eram meros criminosos pessimamente armados e treinados, mas soldados profissionais e experientes que usaram suas perícias para atacar estradas, vilarejos, cidades e até castelos senhoriais.

O perigo representado pela ociosidade dos mercenários já tinha sido percebido pelos reis de Aragão e da Sicília, que estudavam formas de solucioná-lo sem ter que prestar combate aos homens que eles mesmos haviam anteriormente empregado. Na época, o método mais eficiente para solucionar todos os problemas causados por um exército mercenário desocupado era simplesmente movê-los para uma zona de conflito, onde poderiam ser empregados e sua ociosidade não degenerar-se-ia em coisa pior.

Assim, um acordo foi firmado entre a Casa de Barcelona – dinastia que governava o reino da Sicília e da Coroa de Aragão – e o Império Bizantino, então desesperado por mercenários que o ajudassem a recuperar suas posses asiáticas dos turcos otomanos. Esses mercenários foram reunidos numa “Companhia de Companhias” e liderados por ninguém menos que Roger de Flor, um famoso e controverso aristocrata, condottierre e pirata siciliano. Estava assim criada a Companhia Catalã, que recebe este nome por conta da maioria da procedência da maior parte de seus membros.

Como em qualquer ensaio de respeito sobre a Companhia Catalã, é necessário, contar brevemente a história de seu líder. A figura de Roger de Flor tem sido objeto de estudo e fascinação pela literatura moderna há séculos. Filho de uma nobre italiana e um falcoeiro alemão, Roger conseguiu a proeza de se tornar um Cavaleiro Templário mesmo apesar de suas origens pouco nobres – o que geralmente era impeditivo para se tornar Templário. Sendo capitão de um dos navios da Ordem, ele foi responsável pela evacuação de diversos indivíduos abastados do último bastião do Reino de Jerusalém, a cidade de Acre, para o Reino do Chipre, controlado na época por aristocratas católicos. Neste episódio, ele seria acusado de roubo e apostasia, resultando na sua fuga e expulsão da Ordem. Uma vez refugiado em Gênova, Roger comprou um navio e iniciou uma bem sucedida carreira de pirata, ascendendo ao posto de Vice-Almirante do Reino da Sicília e ostentando o título de Conde de Malta; algo que não é incontroverso, dado que Roger nunca exerceu senhorio sobre a ilha-corsária de Malta e o título seria, por assim dizer, ostentado de forma ilegítima. Quando a Companhia vendeu seus serviços ao Império Bizantino, cerca de 6 ou 8 mil mercenários, incluindo cavalaria, almogavares e outros peões, seguiram Roger de Flor para Constantinopla, em 1303.

Uma vez na capital, Roger e a Companhia foram beneficiados com uma série de privilégios antes mesmo de desembainharem suas espadas. Além do pagamento gordo e adiantado aos mercenários, o imperador Andrônico II concedeu o título de Grão-Duque (Mega Doux) a Roger de Flor, o que significava dizer que agora ele era o chefe máximo de todas as forças militares do Império. Não somente isso, mas de Flor foi incluído na casa imperial ao se casar com a princesa Ana Asanina, de 15 anos (Roger tinha 36 anos). Foram tantas benesses concedidas de antemão à Companhia e seu comandante que ressentimentos se afloraram entre genoveses e o herdeiro do trono bizantino. Oito meses após a chegada da Companhia, um conflito armado com os colonos genoveses em Constantinopla resultou na morte – ou massacre – de 3.000 genoveses.

Enquanto mercenários e colonos católicos se ocupavam em atirar-se a garganta uns dos outros, a Bitínia Bizantina colapsou: sem ela, os turcos tinham acesso direto à Constantinopla, colocando o imperador e a corte em alarme. Por ordens de Andrônico, a Companhia foi movida para o fronte, finalmente iniciando seu serviço.

Após uma emboscada almogavar no acampamento turco, a Companhia obteve uma vitória decisiva na batalha de Cyzicus (1303). Neste único episódio, a Companha fez tombar 10.000 soldados de infantaria e 3.000 de cavalaria, números realmente surpreendentes para a época, além de capturar muitas mulheres e crianças. Todavia, ao invés de seguirem a marcha planejada para aliviar o cerco turco a cidade de Filadélfia, Roger ordenou que a companhia se estabelecesse pela região enquanto ele voltava para Constantinopla para exigir mais pagamento e discutir as próximas campanhas.

Logo surgiram problemas: mesmo com o novo montante de ouro trazido por Roger, os soldados da companhia gastavam, de acordo com as fontes, mais que o dobro ou o triplo de seu próprio soldo, compensando a diferença através da promoção de saques e de barbarismo contra a própria população local, que via a Companhia como agressores ainda piores que os próprios turcos. Como se as coisas não pudessem ficar pior, os catalães começaram a se desentender com outros mercenários bizantinos, os alanos. Por conta dos conflitos entre ambos, que resultaram na morte de 300 alanos, o exército unido de gregos, alanos e catalães só voltaria a ter atividade no ano seguinte, após muito atraso e demandas repetitivas do imperador.  

As campanhas de 1304, sem dúvidas, resultaram em uma série de sucessos decisivos para o Império Bizantino no campo de batalha. Mesmo na Batalha de Kibistra, onde Roger foi surpreendido por um imenso exército otomano de 30 mil homens, a Companhia obteve uma vitória improvável e massacrou não menos que 18 mil homens. Nesta altura, os mercenários da companhia bradavam seu desejo de continuar avançando, até restaurar terras bizantinas perdidas ainda no século XI. De qualquer forma, apesar dos sucessos, o número moderado de tropas sob o comando de Flor impedia que a ocupação daquelas terras, e o retorno das tropas antes da chegada do inverno seria determinante para os eventos seguintes.

Conforme a companhia acumulava vitórias e glórias, o comportamento já indisciplinado dos catalães era incendiado pelo ego crescente das vitórias. Além dos saques e da destruição causada contra a população local, brigas por divisões de espólios, querelas e abusos de poder tornaram-se cada vez mais comuns e catastróficas. Enebriado pelos sucessos e pela autoridade sem precedentes dada pelo imperador, Roger e a Companhia não hesitavam em enforcar generais ou soldados bizantinos pela menor das ofensas; ou que se pensava ser ofensas. Seria difícil enumerar todas as circunstâncias onde isso aconteceu, mas custa lembrar que o próprio De Flor apunhalou Hranislav após uma divisão de espólios, enforcando 12 soldados que disputaram contra os catalães e só se abstendo de enforcar Hranislav por força da intervenção de outros generais gregos; não se sabe exatamente como ou quando Hranislav morreu, embora as fontes digam que teria sido “decorrente de ferimentos”. Por volta desta época, Roger de Flor já ostentava o título de César; o que embora não tivesse mais a conotação de imperador naquela época, indicava que Roger era a pessoa mais poderosa no Império depois do próprio imperador.

Durante o retorno da Companhia para os territórios recém-reocupados pelo Império, Roger teve conhecimento de um motim promovido pelos alanos em Ania, na Magnésia, decapitando toda a guarnição catalã que lá estivera e tomando seus espólios. Imediatamente, De Flor levantou cerco contra a cidade de Ania.

Nesta mesma época, boatos circulavam de que Roger pretendia criar seu próprio principado na Anatólia, e toda a insatisfação da população local com a destruição da Companhia, as deserções dos alanos e os abusos de poder na gestão militar motivou o imperador a dar um fim apropriado para aquilo tudo.

Para forçar Roger a desmanchar o Cerco de Ania, o imperador Andrônico exigiu que Roger fosse com a Companhia Catalã ajudar aliados bizantinos numa guerra civil búlgara. O historiador Nicéforo Gregoras, contudo, afirma que isto não passava de uma isca: uma vez nos Balcãs, o imperador ordenou que os alanos assassinassem Roger de Flor e toda a companhia durante um banquete, enquanto soldados bizantinos massacrariam os soldados da companhia estacionados em Constantinopla.

Uma vez iniciada a temporada de massacres, a própria população local se juntou voluntariamente ao morticínio, fazendo o sangue catalão fluir. Com exceção de um contingente aquartelado em Galipoli, composto de poucos milhares, praticamente toda a Companhia foi exterminada durante os massacres. De acordo com Muntaner, os genoveses ainda exerceriam sua vingança reduziria o número já pequeno de mercenários sobreviventes para cerca de 1.500 homens, agora reunidos no mesmo local.

Sem outra opção senão dar fim no reduto dos mercenários, Andrônico cercou Galipoli com um exército de 44 mil homens, entre alanos, gregos e turcópolos. Mesmo acuados e numa desvantagem de quase 30:1, os reminiscentes da Companhia não se renderam nem esmoreceram: antes, incendiados pelo seu voto de vingança, os catalães se lançaram contra seus inimigos em ataque total. Apesar de todas as improbabilidades, os catalães promoveram um verdadeiro massacre das tropas bizantinas, matando milhares de soldados e sofrendo baixas mínimas. Uma vez livres, a Companhia liberou sua fúria de fogo e sangue pelo Império, matando e pilhando deliberadamente pela Grécia Bizantina durante anos. Um aspecto pouco mencionado, contudo, é o recrutamento de turcos nessas campanhas de rapina:

“Por dois anos, a companhia catalã, reforçada por novas forças vindas da pátria-mãe e pelo recrutamento de tropas turcas, cruelmente devastou e saqueou em toda a Trácia. Depois de devastar toda a região, eles atravessaram as montanhas de Rhodope e no outono de 1307 se estabeleceram em Kassandreia. A partir daqui, eles passam a pilhar todos os lugares, não poupando sequer os mosteiros do Monte Athos.” (CHAKRA, 2021)

A memória da devastação e do massacre da população foi tão marcante que os mosteiros do Monte Athos proibiam a entrada de cidadãos catalães em suas premissas até o ano 2000.

Além dos saques, a Companhia conquistou e reivindicou diversas terras da Grécia Bizantina para si, tornando-se provavelmente no primeiro Estado Medieval da História a ser governado por mercenários. Neste ponto, os reis da Europa perceberam as oportunidades e tentaram, através de diversas maneiras, controlar a Companhia em seu próprio benefício. Após algumas cisões e intrigas por conta destas intervenções, a Companhia acabou se apossando de dois Estados Cruzados da Grécia: os Ducados da Neopatria e de Atenas, colocando-os sob a suserania da Coroa de Aragão, que permaneceu sob domínio aragonês/catalão até os descendentes do Duque de Atenas retornarem à Grécia com seu próprio equivalente da Companhia Catalã: a Companhia Navarra.

“As campanhas de um bando mercenários de soldados espanhóis em terras bizantinas, comandadas pelo terrível Roger de Flor no início do século XIV, são plenamente documentadas por autores medievais e contemporâneos. Menos conhecida é a história de seus antigos inimigos, os turcos, que se juntaram a Grande Companhia Catalã em 1305 e dividiram suas fortunas por seis anos antes de decidirem deixar seus colegas latinos, que se estabeleceram em Atenas, para retornar à Anatólia” (HERNANDEZ, The Turks with the Grand Catalan Company, 1974)

No fim, o caos causado pela Companhia Catalã não só fragmentou e enfraqueceu os Estados ao sul da península Balcânica, mas o próprio império bizantino. Não somente isso, como as conquistas promovidas na Anatólia não apenas se provaram passageiras, mas nutriu um ressentimento da população local que, indiretamente, tornou-se mais propensa a aceitar e facilitar a conquista turca. Além disso, o precedente estabelecido pela Companhia teria sérias consequências: pela primeira vez, os turcos estavam na Europa, saqueando e conhecendo o terreno local com completa impunidade. No século XIV, também de forma aparentemente descompromissada, eles retornaram, mas dessa vez para ficar: a capital do novo Império Otomano será transferida para a cidade grega de Adrianópolis, de onde os turcos irão subjugar búlgaros, gregos, sérvios, bósnios e albaneses, até eventualmente chegarem na Hungria e, daí, na Áustria.

“Estes turcos [...] ficaram maravilhados com as explorações destes novos latinos, os catalães, cuja fama de povo mais feroz do Oriente Médio rivalizava com a deles.[...] Os turcos visavam a Europa, mas não tinham os navios para entrar nelas. Consequentemente, eles enviaram emissários para Galipoli para sugerir um tratado. [...] De acordo com o contrato, 800 soldados montados e 2.000 desmontados juraram lealdade ao general catalão em troca da garantia de quartéis separados para famílias turcas; metade dos espólios ficariam com os catalães e eles [os turcos] tinham liberdade para a sua terra natal sem quaisquer constrangimentos, caso escolhessem retornar. Eles foram aceitos pelo consenso comum dos membros da Companhia, que jurou manter tais direitos exigidos.” (Ibid)

Bibliografia:

HERNANDEZ, Frances. The Turks with the Grand Catalan Company 1305-1312. Bogakici University, 1974.

RUBIO Y LLUCH, Antonio. FERRER I MALLOL, Maria T. Diplomatari de l’Orient catalã (1301-1409). Institut d’ Estudis Catalans, 2001.

LOWE, Alfonso. The Catalan Vengeance. Routledge, 1972.

A History of the Crusades: Volume III — The Fourteenth and Fifteenth Centuries, ed. Harry W. Hazard, University of Wisconsin Press: Madison, 1975.

CRAKRA, Hayden. The Catalan Company and How They Weakened the Byzantine Empire for Ottoman Conquest. About History, 2021. Disponível em: https://about-history.com/the-adventures-of-the-catalan-company-and-how-they-weakened-the-byzantine-empire-for-ottoman-conquest/?fbclid=IwAR187YN-LLvlsecfoFhwuZNYhftardVq8EGZsesMDfMGwE-piL4TpImoma8. Acesso em 4 de abril de 2021.

Андреев, Йордан; Лазаров, Иван; Павлов, Пламен (1999). Кой кой е в средновековна България [Who is Who in Medieval Bulgaria] (in Bulgarian). Петър Берон