Matar em nome de Deus: O privilégio da impunidade
19/02/2024Qualquer conversa que envolva islamidades sempre chegará ao ponto da violência religiosa, dos grupos terroristas, e do extremismo. A escritura sagrada islâmica, seus princípios e seus valores sempre são alvo de escrutínio, e por que não também, de escárnio, sendo os fanáticos muçulmanos retratados como os maiores, ou mesmo os únicos, ‘’assassinos teológicos’’ da atualidade.
Mas, como será exposto ao longo do artigo, a violência, especialmente em seus desdobramentos políticos atinentes à geopolítica e ao expansionismo estadunidense e israelense, isto é, à política externa de ambos os países, é amplamente utilizada e instrumentalizada enquanto ferramenta de legitimação, mesmo no mundo moderno, ao público cristão e sionista de ambas as nações.
Apesar de tal artifício comumente utilizado, no entanto, é a religião islâmica que, naturalmente, termina representada com ares de inerentemente extremista, por fim sendo perseguida. Uma pesquisa conduzida pelo PEW Research Center, por exemplo, no ano de 2014, descobriu que 64% dos eleitores norte-americanos que se autodeclaram republicanos veem a religião islâmica como perigosa [46].
No entanto, foi o presidente George W. Bush, em 2001, na aurora das sangrentas guerras contra o Afeganistão e o Iraque, que utilizou a palavra “cruzada” [47] para se referir à invasão que seria conduzida contra esses países, evocando a violência em nome das raízes cristãs dos Estados Unidos da América sem, no entanto, sofrer repreensões ou represálias internacionais.
Em Israel, por sua vez, tanto o partido extremista Likud quanto o seu líder, Benjamin Netanyahu, têm utilizado da retórica do populismo religioso, historicamente, para desumanizar e atacar brutalmente muçulmanos e cristãos de etnia árabe, perpetuando a violência política legitimada através da religiosidade e sendo hoje a maior força política no país [48].
A GÊNESE DO ESTADO MODERNO
Antes de adentrar propriamente na temática apresentada no artigo, é necessário compreender a constituição do Estado, desde a sua gênese, ainda no Mundo Antigo, até seus desdobramentos atuais, focados na ideia secular do Estado-Nação.
Tal esboço se faz necessário de modo que o texto e seu desenvolvimento e conclusão, que tratarão do fanatismo religioso e da legitimidade da narrativa do suposto “secularismo” de Israel e de seu maior aliado, os Estados Unidos da América, em frente aos países supostamente “bárbaros” e “religiosos” que combatem, possam estar bem fundamentados.
Como exposto por Coulanges, a legitimidade do “Estado”, no mundo antigo, ainda em seu estágio pós-tribal e embrionário, da transição entre o período da tribo para a Cidade-Estado, vinha da autoridade paterna. A palavra “pater”, per si, tendo o mesmo significado, segundo o autor, em sânscrito, latim e grego [1].
O patriarca, neste caso, detinha a autoridade política e religiosa concentrada em si pelos ritos que havia recebido de seus ancestrais, através de uma cadeia de transmissão, e era na figura do ancião que se centrava a legitimidade política da tribo, então.
Posteriormente, quando do desenvolvimento da “pólis”, isto é, das primeiras Cidades-Estado, as elites, como esboçado pelo próprio Fustel de Coulanges, se constituíram ao redor dos patriarcas que receberam esses ritos de seu ancestrais, transpassando a ideia do “patriarca-rei” da tribo, agora, para as Cidades-Estado.
Neste sentido, na Antiguidade, o rei era tanto o governante político, secular, que tomava decisões a respeito das tropas, da guerra e de todos os desdobramentos materiais do Estado primitivo, quanto também o “sacerdote-supremo” de seu povo, responsável pela manutenção religiosa de sua própria legitimidade política, e legítimo por meio dos ritos e mitos que recebera por meio da transmissão ancestral [2].
Avançando, por sua vez, na Idade Média, com o colapso religioso e político do modelo da Cidade-Estado do Mundo Antigo, e de suas respectivas instituições políticas e desdobramentos, emergiu uma nova ideia - não totalmente centrada nos ritos, mas na própria soberania divina per si e em si.
Segundo a concepção medieval do cristianismo europeu, assim como Deus reinava soberano, no firmamento, não admitindo parceiros, o rei também deveria reinar, por correspondência e direito divino, dentro do Estado, sendo também o primeiro representante de seu povo diante de Deus, devendo ser detentor, assim, de maior retidão religiosa [3].
Posteriormente vieram as revoluções liberais, que demoliram as monarquias da Idade Média.
Uma nova filosofia e uma nova concepção de Estado, então, emergiram, com o advento do Iluminismo. O Estado, agora, não se centrava em ritos transmitidos de patriarca a patriarca, como no Mundo Antigo, tampouco no direito divino de governar diante de Deus, como no Medievo.
Agora, neste novo mundo nascedouro, ainda a vivenciar as dores do parto, a racionalidade, a responsabilidade e a competência, usando os desdobramentos da Teoria de Estado de Max Weber, deveriam embasar a política do Estado [4] - longe do senso de pertencimento puramente sanguíneo, religioso, ritualístico etc. Nasce, então, a ideia secular do Estado, e o Estado-Nação enquanto consequência, focado em princípios de igualdade, liberdade, meritocracia etc.
O ESTADO DE ISRAEL E O ISIS
Como exposto anteriormente, e de acordo com a Teoria do Estado Moderno, um Estado-Nação, para se encaixar dentro dos moldes seculares modernos, que baseiam o Direito Internacional, afinca-se mais na razão, na meritocracia e em termos filosófico-políticos assemelhados, que em ritos e postulados sagrados, como no Mundo Antigo, ou mesmo num direito divino de governar, como no Medievo.
Para o Direito Internacional, tais postulados de soberania e Estado-Nação possuem seu esboço remontando diretamente à “Paz de Westphalia”, de 1648, por meio dos tratados de Münster e Osnabruque, que atuaram como uma espécie de “constituição secular” no que atine às leis e aos regulamentos que governam os países na comunidade internacional, outrora guiados puramente por princípios religiosos, agora, todavia, moldados em moldes seculares em relação à sua atuação para com as outras nações [5].
No que diz respeito ao Estado de Israel diante da comunidade internacional e de seu reconhecimento, todavia, desde os primeiros esboços de sua tentativa de estabelecimento enquanto Estado-Nação há uma grande dicotomia interna, um duelo de narrativas “cosmogônicas”, no cerne do próprio Estado Israelense, de seus defensores ideológicos e de sua constituição, levada a cabo principalmente por sua elite.
A elite sionista tenta, ao mesmo tempo, promover uma narrativa secular, como fica claro através dos escritos de Theodor Herzl [7], em grande parte para obter legitimidade diante da comunidade internacional, na mesma medida em que utiliza de sua interpretação específica e distorcida da religião judaica para levar adiante seus interesses nacionais e geopolíticos, por meio do Mito Fundacional Israelense, estritamente religioso [8].
É necessário apontar, por sua vez, que essa visão étnico-religiosa distorcida, perpetuada por Israel, não condiz com a totalidade do povo judeu e da religião judaica, tampouco tem base em seus princípios teológicos e filosóficos, de modo que mesmo em Israel, segundo o relatório NES A-82-10188, da CIA, de 1982, tornado público em 2007, judeus sefarditas sofrem perseguição étnica, religiosa e política dentro de Israel, por parte de judeus de descendência europeia [45].
O próprio Theodor Herzl, pai das ideias fundacionais de Israel, ainda no séc. XIX, não falava ídiche ou hebraico, tampouco houvera recebido qualquer instrução religiosa formal [7], escancarando tal contradição política.
A escolha da Palestina enquanto região para formação do Estado de Israel, por sua vez, não tem base secular, e parte de uma ideia puramente religiosa e mítica, clamando para si um direito enquanto Estado-Nação, em moldes modernos, que não pode ser verificado através dos princípios do Direito Internacional convencional ou dos métodos modernos de legitimação nacional [8], que serão expostos a seguir.
O direito à autodeterminação israelense, proclamado pelos sionistas, detém preceitos semelhantes aos do Mundo Antigo, demonstrados por Coulanges [2], centrados em aspectos consanguíneo-religiosos, enquanto o direito à autodeterminação dos povos na modernidade visa assegurar o direito à autogovernança e à autonomia em sentido político, econômico e sociocultural, sem conexão estritamente étnica ou sentido supremacista-religioso, de acordo com os princípios do Direito Internacional Moderno [9].
O princípio do direito à autodeterminação possui como escopo, em sentido amplo, permitir que dentro da ordem internacional das nações, um povo seja capaz de determinar seu próprio destino, sem estar subjugado ou oprimido por outro, assegurado tanto pela ONU quanto por diversos tratados internacionais, como o Pacto dos Direitos Civis e Políticos [6].
Portanto, nestes moldes a comunidade judaica da Palestina, presente na região há séculos, já tinha sua autodeterminação, por meio da autonomia comunitária, assegurada, com liberdade e pleno exercício de direitos, desde os tempos otomanos [10], não sendo necessária a fundação de um Estado novo para assegurá-los, tendo em vista que tais direitos não estavam sendo atacados.
Endossando tal afirmação, a população judaica na região da Palestina era de apenas 60 mil indivíduos, em 1918, representando apenas 8% da população local, tendo acrescido para 630 mil em 1947, 32% [37], mostrando, deste modo, que sua presença na região se deve mais a um êxodo da Europa para a Palestina, fomentado pela narrativa mítica supracitada através da política de colonização e da vinda de colonos europeus sionistas, política essa condenada pela Anistia Internacional e que atenta contra a Convenção de Haia, de 1907 [11], que por um elo ininterrupto com a região que justifique, também, sob outra ótica, o direito à autodeterminação.
Traçando o primeiro comparativo, de modo semelhante o autoproclamado califado do ISIS, por sua vez, se centra numa distorção religiosa assemelhada, porém mais tardia, retomando não os preceitos étnico-religiosos da Era do Bronze, como Israel, mas sim o direito divino de governar do Medievo baseado na pureza religiosa [3], igualmente não reconhecido, de todo modo, pelo Direito Internacional.
O mesmo Estado Islâmico, com suas táticas bárbaras e técnicas avançadas de propaganda e distorção religiosa fanática [12], tem chocado o mundo, desde a sua gênese, cometendo crimes, atentados e afins, e sendo, corretamente, repreendido e censurado, tanto na comunidade internacional quanto dentro dos próprios países islâmicos, tanto por lideranças religiosas quanto seculares - já que, em uníssono, o Qatar, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Egito e o Irã, dentre outros, condenam o grupo e pedem o seu fim [13][14].
Pouco se fala, todavia, sobre como o Estado de Israel tem utilizado as mesmas táticas que o grupo para disciplinar e treinar seus soldados, longe dos moldes alegadamente secularistas e democráticos que as lideranças ocidentais pregam que o Estado de Israel detém. Em 2011, um Oficial do Exército Israelense disse, anonimamente, por temer represálias institucionais, ao jornal Haaretz:
“No passado, a abordagem era a de que regras ortodoxas eram observadas em público, e em casa cada soldado fazia o que quer que quisesse. Hoje, o exército está decidindo que tipo de judeu você será: Um judeu nacional-religioso [15].”
De certo que o IDF vem passando por um longo processo de “teocratizacão”, de modo idêntico à promoção de ideias religiosas propostas aos combatentes do ISIS, também em moldes teocráticos e de guerra dentro de sua interpretação islâmica fanática, que é ensinada diretamente aos seus soldados e às pessoas que vivem sob as regiões conquistadas pelo grupo, constando tais princípios religiosos extremados em seu currículo oficial, como a proibição da música, da filosofia e dos esportes em nome da visão religiosa do Estado Islâmico [16].
No caso da teocratização do IDF, em paralelo, ela se dá também através da presença das “Mechinot” dentro do Exército Israelense, ou “Academias da Torá”, que visam ensinar a religiosidade concomitantemente ao treinamento militar, de modo que seja evitada a secularização do soldado de Israel [23].
O número de oficiais religiosos no IDF, também, aumentou mais de 10 vezes, em poucas décadas, assim como o número de combatentes religiosos e o de brigadas ligadas aos ideais religiosos, que aumentaram em proporção igual, também de dez vezes [17].
Outra semelhança é a utilização da propaganda religiosa extremista para atrair jovens, compartilhada pelo ISIS [18] e o Exército Israelense. No caso de Israel, por sua vez, a propaganda não apenas desumaniza o inimigo árabe, pintando-o como bárbaro e tribal [19], como também o desmerece em virtude de suas raízes islâmicas sunitas, em comparação à religiosidade judaica, em aspecto de supremacia religiosa, veiculada tanto às tropas quanto nas rádios do país, quando dos momentos de conflito [20].
Não por acaso, em 2023, um soldado israelense aparece num vídeo zombado de uma criança palestina que matou. Em suas próprias palavras: “Talvez eu tenha matado uma garotinha, ela tinha 12 anos, mas estou procurando por um bebê” [24].
Em outro vídeo, ainda, outro soldado israelense zomba de duas crianças que matou na Palestina, também no contexto do conflito iniciado em 2023. Ele diz: “Fui até Gaza, e haviam duas garotinhas jogando futebol. Então, o que eu fiz? Peguei minha arma e atirei na cabeça delas” [25].
O ISIS também desumaniza oponentes ligados às cosmovisões religiosas minoritárias com as quais o grupo discorda, em caráter de supremacia religiosa, dentre eles cristãos [34] e yazidis, yazidis, este,s vítimas de um brutal genocídio perpetuado pelo Estado Islâmico [35], nos mesmos moldes do genocídio cometido por Israel em Gaza, que segundo a organização de Direitos Humanos Euro-Med deliberadamente ataca civis palestinos [38].
Necessário frisar também, ainda no campo da propaganda, que a propaganda israelense direcionada à juventude, não apenas às Forças Armadas, possui diretriz religiosa e nacionalista [21].
A utilização de crianças e jovens como soldados, por sua vez, é comum em grupos extremados. O ISIS contém, em suas fileiras, mais de 1.000 soldados menores de idade [31], enquanto o Irgun, grupo paramilitar posteriormente incorporado a Israel, também utilizou da tática de treinar soldados na faixa da menoridade, desde 1948 [32], e programas atuais, como o “Ofek”, do Ministério da Defesa de Israel, que conta com mais de 2.200 voluntários, treinam diretamente a juventude israelense ao serviço militar [33].
A educação sionista nestes moldes não se limita ao território de Israel, e se faz presente também nos Estados Unidos da América, desde a primeira metade do séc. XX [22], visando angariar apoio à causa sionista, religiosa e nacional, em território estadunidense.
Mais de 4.000 soldados, em virtude deste e de outros artifícios, de nacionalidade estrangeira, compõem as fileiras do exército de Israel [29], movidos exatamente pelo sentimento de furor religioso-nacional supracitado, na mesma medida que o ISIS conta com mais de 30.000 soldados estrangeiros, fomentados igualmente pelo extremismo religioso [30].
Outra tática comum é a de atacar crianças, utilizada tanto por Israel quanto pelo ISIS. Em 2023, desde o início do conflito na Síria, o Estado Islâmico havia matado 958 crianças e 5.054 civis [26], enquanto que, no conflito recente, em Gaza, Israel já matou mais de 10.000 crianças árabes [27], e mais de 25.000 civis palestinos [28].
Outro ponto comum compartilhado é a destruição de sítios históricos. Em 2014 o Estado Islâmico destruiu a Mesquita do Profeta Jonas, no Iraque [39], e em 2023 Israel destruiu a Igreja de São Porfírio, na Palestina, um alvo sem qualquer valor militar [40].
A utilização e a manipulação da linguagem religiosa, em países estrangeiros, em defesa de Israel e de seus interesses geopolíticos também é comum.
O Lobby neoconservador, nos Estados Unidos da América, por sua vez, maior apoiador das políticas expansionistas de Israel, utiliza fervorosamente da linguagem religiosa, em especial da visão escatológica do livro de Apocalipse, para avançar os interesses sionistas e estadunidenses no Oriente Médio, segundo Gary Leupp, estudioso da literatura neoconservadora [41].
O apoio político-religioso, todavia, vai além do aspecto das relações exteriores, perpassando também a política interior e doméstica dos Estados Unidos. A “Unity Coaliton for Israel”, organização centrada na defesa cultural de Israel e do avanço do sionismo, fundada em 1991, detém em seu networking 120 jornais cristãos nos Estados Unidos [42], focados na defesa religiosa do sionismo e que conversam diretamente com o povo norte-americano numa base diária.
A influência da violência promovida pelo lobby cristão-sionista nos EUA é tamanha que, em 2002, quando o presidente George W. Bush anunciou a retirada de tanques israelenses na Cisjordânia, a Casa Branca recebeu mais de 100.000 cartas de cristãos sionistas protestando contra a diminuição da violência e da expansão israelense, e os líderes desses grupos vão mesmo ao extremo de financiar famílias de colonos sionistas que desejam se estabelecer na Palestina [49].
Em março de 2003, por sua vez, a narrativa do Iraque enquanto Babilônia bíblica, invadido pelos Estados Unidos da América e a Inglaterra numa guerra legitimada através desta narrativa de guerra santa, avançou também o interesse sionista e estadunidense em moldes religiosos de teocracia [43].
E ainda posteriormente, em fevereiro de 2008, após os avanços do conflito no Iraque, uma pesquisa levantada pela Associação Nacional dos Evangélicos, nos Estados Unidos da América, constatou que a maior parte dos líderes protestantes do país apoiava a manutenção das tropas no Iraque, também por motivações religiosas e de guerra sagrada [44].
E no contexto do conflito recente em Gaza, em 2023, Mike Johnson, Presidente da Câmara nos Estados Unidos, não apenas declarou apoio a Israel diante do genocídio cometido contra palestinos como, também, de modo a legitimar a violência política com ares de populismo religioso, disse: “Acredito que Deus irá abençoar as nações que apoiarem Israel”, em ares de teocracia [50].
O mesmo Mike Johnson, frise-se, que possui um longo histórico de amizade com Baruch Goldstein, responsável pela morte de dezenas de palestinos na Mesquita Ibrahimi, em 1994, e David Ha’Ivri, que foi preso também em Israel por celebrar o assassinato de Yitzhak Rabin, ambos de alinhamento ideológico kahanista, ambos, também, que auxiliaram no financiamento de uma viagem de Johnson a Israel em 2020 [51].
Conclui-se, portanto, que chamar Israel de “secular” não condiz com sua verdadeira natureza, dada a teocratização de seu exército e a manipulação da narrativa religiosa para seus fins geopolíticos, tanto por parte do Estado Sionista quanto de seus aliados, em especial os Estados Unidos da América, e que por sua vez o Direito Internacional e a Comunidade Internacional deveriam condenar o país e os seus aliados pelos mesmos atos que, corretamente, o ISIS é condenado em seu extremismo e brutalidade, tendo em vista que o Estado Islâmico, os Estados Unidos da América e Israel utilizam das mesmas táticas de extremismo religioso, genocídio, doutrinação e perseguição.
REFERÊNCIAS
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